quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Cozinha cearense é um dos maiores atrativos do estado

Da buchada do sertão ao camarão ao alho e óleo litorâneo, cardápio é variado e agrada diferentes paladares
Camilla Veras
por Redação


A culinária do Ceará conta muito da história do seu povo – como acontece, aliás, com a gastronomia de qualquer lugar. Os frutos do mar são a principal marca da gastronomia das cidades costeiras. Mas os temperos vão além da deliciosa e tradicional peixada, que pode ser encontrada em vários restaurantes especializados na avenida Beira Mar.



Crédito: Setur Ceará
Os crustáceos são vedetes incontestáveis do cardápio. O caranguejo é palavra de ordem das barracas de praia de Fortaleza e, mesmo que dêem trabalho, vale o desafio de experimentá-los. A iguaria é tradicional e lota as barracas da praia do Futuro nas noites de quinta-feira.
Outra opção é degustar o famoso camarão ao alho e óleo no mercado dos peixes do Mucuripe, em uma das pontas da Beira-Mar. No final da tarde, muitas das barracas improvisam algumas mesas no calçadão e servem o camarão fresco a preços convidativos.
Grande parte dos pratos, principalmente aqueles típicos do sertão, é elaborada como uma forma de driblar a falta de recursos e aproveitar ao máximo as matérias-primas existentes.


Crédito: Setur Ceará
Das receitas que vieram do interior do estado, as que fazem mais sucesso são a panelada, a buchada de carneiro e, claro, o baião-de-dois. A primeira é um cozido de vísceras e mocotó de boi; a buchada, por sua vez, reúne miúdos do carneiro em saquinhos feitos com o próprio bucho do animal.
Ambos podem ser encontrados no mercado São Sebastião, local em que os cearenses fãs dos pratos têm certeza de que vão achá-los, mesmo pouco depois de o sol raiar.
O baião-de-dois é mais aconselhado para os turistas de estômago mais sensível. O legítimo é feito da mistura de arroz, feijão, manteiga da terra, queijo coalho e nata. Uma verdadeira delícia – disponível em qualquer restaurante regional da capital, Fortaleza.
Outras maravilhas sertanejas que merecem ganhar a mesa são a carne de sol e a macaxeira (mandioca ou aipim, pra quem não vive no Nordeste). Ambas são ingredientes da paçoca, que tem origem indígena e difere completamente da iguaria de amendoim muito consumida no sudeste do país – mas é também muito saborosa.


Crédito: Setur Ceará
Além da deliciosa comida regional, em Fortaleza também não faltam restaurantes especializados na chamada alta gastronomia. A variedade é responsável por uma gostosa confusão – vai ser difícil escolher entre as sofisticadas releituras dos pratos nordestinos e os espaços de cozinha internacional.
Entre uma refeição e outra, não faltam opções para uma boa “merenda”. O Centro das Tapioqueiras, por exemplo, oferece o quitute mais famoso do Nordeste doce ou salgado. Da cana-de-açúcar, por sua vez, são feitas a rapadura e a cachaça, ambas facilmente encontráveis no mercado Municipal de Fortaleza.
Esta última, inclusive, ganhou um museu em Maranguape, a 30 quilômetros da capital cearense, cuja atração principal é um tonel gigante cheinho de aguardente.

grupoviagem.uol.com.br

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